Eri Rocha: Bem, a história da banda começou com o Eri Rocha e Dé Monteiro ainda nos anos 80. Éramos adolescentes e estávamos começando a aprender a tocar. Naquela época, juntamente com
o nosso amigo Mário montamos uma banda de rock and roll que levou o nome de Santo Veneno. Não durou muito. Os compromissos particulares de cada um acabaram levando os membros a outros caminhos e assim não demos continuidade. No início dos anos 2000, Eri Rocha e Dé Monteiro montaram a banda Uncle Jack. A Uncle Jack lançou, no ano 2001 o CD intitulado “Inner Voice”, contendo músicas autorais com letras em inglês. A banda Uncle
Jack ficou em atividade até 2004, quando, mais uma vez, os compromissos particulares dos membros acarretaram no fim das atividades. Em 2008, com o retorno de Eri Rocha para São Paulo, ressurgiu o projeto Santo Veneno. Na verdade, foi em 2008 que nós realmente começamos a trabalhar sério com o Santo. Compomos várias músicas e decidimos lançar nosso primeiro álbum. Assim, saiu o disco em 2009 (Santo Veneno). Fizemos vários shows por bares e clubes (capital e interior de São Paulo). Até aí tínhamos 5 membros na formação, já que o Mário era o baixista. Em 2010, o Mário resolveu deixar a banda por causa de seu trampo. Daí o Leandro Amadeus, que fazia a segunda guitarra, assumiu o contrabaixo e assim,
como um quarteto, gravamos o segundo álbum (Gotham City).
A banda é rock and roll puro e inspirada em Rolling Stones. As letras retratam coisas do cotidiano das pessoas, suas neuras, convicções, incertezas e fraquezas, sem se esquecer da necessária sacanagem. Por isso Santo Veneno é uma banda atual. Conte pra nós como surgem essas letras.
Eri Rocha: As letras surgem de várias situações que ocorrem no cotidiano. Por exemplo. Num feriadão Dé Monteiro e Eri Rocha ficaram travados num engarrafamento monstro em Sampa. Reduzindo a marcha, tentando manter a calma e o bom humor, surgiu a letra da música “Engarrafamento” (faixa de abertura do álbum “Gotham City”). Procuramos variar os temas de nossas letras. Você percebe que pouco falamos sobre relacionamentos de casais, pois esse tema já é muito utilizado em músicas sertanejas, românticas, pagode, funk, etc. Assim, preferimos sair um pouco dessa mesmice (nada contra os outros estilos) e falar sobre assuntos que estão presentes no nosso dia a dia. Nós contamos, através da música, como esses problemas afligem a sociedade que muitas vezes é a própria culpada, devido a hipocrisia que predomina atualmente. Nós temos o veneno e o rock and roll é o antídoto. A MPB e o rock nacional perderam, com o passar dos anos, um pouco de suas identidades, justamente porque passaram a escrever sobre futilidades românticas, tipo “a lua está sorrindo para o sol”, ou aqueles versos que inundam a mídia do tipo “aí se eu te pego”. Queremos musicar situações reais e que acontecem todos os dias com todo mundo. É uma forma de alertar e fazer as pessoas pensarem um pouco sobre o estilo de vida broxante que se leva hoje em dia.
Como estão as apresentações que a banda tem feito ? Existem outros lugares já agendados ou
em negociação?
Eri Rocha: Estávamos tocando em bares de rock por aí afora. Porém, queremos mudar o circuito, pois o público que frequenta bares de rock não quer música autoral desconhecida. A galera, mesmo a a do rock, quer ouvir músicas consagradas. Daí tínhamos que tocar cover o tempo todo, o que não é a nossa proposta. Queremos apresentar nossas músicas. Gostaríamos de fazer shows em que as pessoas viessem para curtir o som que nós criamos. Isso é difícil. Temos um repertório muito vasto de covers de clássicos do rock. Nós gostamos de tocar clássicos. Mas podemos fazer isso em festas com os amigos. Para o público, queremos mostrar o nosso som. Por isso demos uma parada com os shows de covers e agora estamos em estúdio ensaiando e compondo músicas (já temos quase que o repertório do terceiro CD pronto). Mas estamos sempre prontos para subir no palco e fazer o rock rolar com muita energia.
Conte-nos sobre o segundo CD que leva muito rock and roll bem humorado e muito competente.
Eri Rocha: Bem, o segundo CD é um pouco mais visceral que o primeiro. O rockões estão presentes logo nas primeiras faixas. Mas o CD também tem blues, balada e reggae. Ao ouvi-lo percebe-se a diferença com o primeiro. O primeiro é mais bem humorado, tem muitas letras sarcásticas e tem muito aquela coisa do country. Já “Gotham City” aborda temas urbanos com uma sonoridade mais urbana também. Gostamos muito de gravá-lo. Tivemos as participações especiais de Paola Evangelista (Backing), Zack Field (backing), Bié (gaita), Rubinho Moraes (teclados) e Rafael Clarim (saxofone). É bom lembrar que o segundo CD, em breve já estará disponível em lojas como Saraiva, Fenac, entre outras.
Quer comentar algo mais sobre a banda?
Eri Rocha: Queremos dizer que o Santo Veneno é uma banda de rock and roll que está sempre disposta a subir no palco com muita energia e dedicação. Se você gostou de nossas músicas, certamente gostará muito mais se ouvi-las ao vivo.
Gostaria de deixar uma mensagem para os leitores de Poesia Ambiente?
Eri Rocha: Primeiramente gostaríamos muito de agradecer a vocês do blog que dedicam seu tempo para divulgar nossa cultura. Isso é impagável! E aos leitores, queremos nos colocar a disposição para quaisquer outras informações. Estamos no Facebook (curta nossa página). Você pode nos adicionar também entrando no face dos membros da banda é só procurar por nossos nomes.
Um grande abraço a todos e muito rock and roll na cabeça!!!
Discografia da banda:
Discografia da banda:
Santo Veneno (2009) |
Gotham City (2012) |
Em breve já estará disponível em lojas como Saraiva, Fenac, entre outras.
Eri Rocha – Vocalhttp://www.facebook.com/eri.rocha.9 |
Dé Monteiro - Guitarra http://www.facebook.com/de.monteiro.7 |
A BANDA:
Eri Rocha – Vocal
Dé Monteiro – Guitarra
Leandro Amadeus – Baixo
Mona - Bateria
Eri Rocha – Vocal
Dé Monteiro – Guitarra
Leandro Amadeus – Baixo
Mona - Bateria
Leandro Amadeus – Baixohttp://www.facebook.com/leandro.amadeus |
Mona - Bateria |
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Leonel Neto